tag:blogger.com,1999:blog-3030858803044233888.post7289518259328722231..comments2014-10-03T22:56:21.172-07:00Comments on O vento contou...: Diário insanoAerishttp://www.blogger.com/profile/05194102292708848708noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-3030858803044233888.post-40550085445626620922014-10-03T22:56:21.172-07:002014-10-03T22:56:21.172-07:00Parabéns pelo texto. Está bem escrito, num portugu...Parabéns pelo texto. Está bem escrito, num português bem claro. Achei o final alternativo mais interessante que esse.<br /><br />Notei semelhanças entre a protagonista e uma "amiga" minha da faculdade.<br /><br /><i>"Toda vez que algum dos meus namoros começa a ficar mais sério eu entro em pânico e termino o relacionamento"</i>.<br />.<br />Acontece com muitas mulheres. Mas imagino que costume acontecer com maior frequência antes do início do relacionamento do que durante ele, porque o momento mais crítico, isto é, quando as decisões são de maior risco, ocorre antes do namoro propriamente dito, a menos que os relacionamentos da personagem sejam tão superficiais que nem sequer exista um momento de tensão antes deles.<br /><br /><i>"Tenho medo de me decepcionar com as pessoas como me decepcionei com meu pai. Tenho medo de não ter coragem de mudar, como minha mãe não teve. Quero mais do que esse mundo tão pequeno em que vivo agora"</i>.<br /><br /><i>"[...] a simples ideia de me tornar emocionalmente dependente de alguém para o resto da minha vida me deixou completamente apavorada [...]"</i>.<br /><br />Se a personagem quer mudar o seu mundo, vai ter de correr riscos e vai sofrer, não existe outra forma. Todo mundo sofre. Eu que o diga... Só que quanto maior a chance de sofrer, maior o retorno. Na maioria das vezes nós nos ferramos, porque nossas expectativas estão sempre acima das possibilidades ou representam a "situação perfeita", cuja probabilidade de acontecer é ínfima.<br /><br /><i>"Prometi a Deus que se Roberto saísse vivo daquela mesa de operação eu pararia de sentir </i>pena<i> de mim mesma e me permitiria ser feliz"</i>.<br /><br />Essa deve ser uma diferença entre homens e mulheres. Acho que homens não sentiriam <i>pena</i> de si mesmos. Sentiriam outra coisa. Eu mesmo nunca senti <i>pena</i>.<br /><br />A autora me perguntou o que os homens sentiriam... Eu disse que o homem sentiria <i>outra coisa</i> justamente porque não sabia direito o que era. Mas parei para pensar um pouco e acho que cheguei a uma boa hipótese.<br /><br />A mulher é o sexo passivo, então ela vê a si mesma como alvo da ação, não como executora da ação. Sente <i>pena</i> de si mesma como se sua situação não fosse decorrente de suas próprias atitudes, mas sim do que os outros fazem ou deixam de fazer para/por ela (o que é verdade, parcialmente). Eu sei que a personagem sabe que precisa mudar, mas a escolha da palavra <i>pena</i> revela a postura passiva que prepondera no seu subconsciente até então, que é o que ela quer mudar, porém isso leva tempo. "Saber que tem de mudar" é uma coisa; "mudar" efetivamente é outra.<br /><br />O homem é o sexo ativo, então ele vê a si mesmo como responsável por tudo que lhe acontece. Dificilmente seu subconsciente colocará outras pessoas ou coisas como causa principal do que lhe acontece. Assim, ele não deve sentir <i>pena</i> de si mesmo, mas sim <i>frustração</i> por ter tomado a decisão errada (afinal a culpa sempre é dele), ou <i>ansiedade</i> e <i>inquietação</i> para que ele aja, mude, corra atrás.<br /><br /><br />Leo.Unknownhttps://www.blogger.com/profile/12975749392891331074noreply@blogger.com